Roque Gonzales TERRA E SANGUE DAS MISSÕES - RS
TERRA DAS ÁGUAS E DA ENERGIA
Visando o aproveitamento da queda de água denominada "Salto Pirapó" para fins da construção de uma usina de energia elétrica, a Prefeitura Municipal de São Luiz Gonzaga decidiu colonizar a região adjacente ainda desabitada.
Para tanto foram encarregados os senhores Júlio Schwengber e Major Cardoso para agenciarem a venda das terras próximas.
Os primeiros compradores e, assim, fundadores de Roque Gonzales são todos colonos de origem germânica e religião católica.
No dia 27.01.1927 o Monsenhor Estanislau Wolski rezou a primeira missa no local e batizou a nova colônia de "Sede de Roque Gonzales".
A Sede evoluiu rapidamente, em pouco tempo tinha capela católica, clube social, escola primária(particular e estadual), etc.
Foi elevada a distrito e sua emancipação aconteceu por Lei de 07.12.1966.
O município está localizado no Noroeste do Rio Grande do Sul, limitado ao Norte com São Paulo das Missões, Porto Xavier e República Argentina; ao Leste com São Pedro do Butiá e Rolador; ao Oeste com Pirapó e ao Sul com São Luiz Gonzaga e Dezesseis de Novembro. Possui uma extensão de 337,74 KM2, com uma população de 7.297 habitantes conforme o Censo de 2007.
No município há 11 escolas, sendo 6 municipais e 5 estaduais.
Um dos símbolos do município é a Bandeira que assim se descreve: retangular, de branco, com uma águia Germânica estendida de preto, encimando duas palmas de verde passadas em aspa e bordadura de vermelho, carregada de oito feixes de cravos da paixão, de branco.
Quanto ao turismo, Roque Gonzales tem vários pontos importantes a serem visitados.
Assunção do Ijuí, local do martírio do Padre João de Castilho, ponto forte do turismo religioso onde se realiza anualmente a Trilha dos Santos Mártires. Nos dias 3,4 e 5 de Maio aconteceu a primeira Cavalgada na Trilha dos Santos Mártires e, em novembro a 9a Trilha dos Santos Mártires.
Cerro do Inhacurutum, o pico isolado mais alto do município de Roque Gonzales, ponto de turismo aventura como percorrer trilhas íngremes. Os amigos do Cerro construíram um belvedere de onde se pode ter uma visão dos Sete Povos das Missões.
Barra do Ijuí, encontro das águas do Rio Ijuí com o Rio Uruguai, é destinado ao turismo ecológico, local do Festival do Barco e da Pesca, Passeio Ecológico Cultural pelas águas do rio Ijuí-65 km.
Salto do Pirapó, leito do Rio Ijuí, onde temos a visão de quedas de águas claras e mansas sobre lages de basalto, numa extensão de 325 metros.
Roque Gonzales - "Capital Missioneira da Literatura" - onde se lê na rua, na praça, nas barrancas dos rios Ijuí e Uruguai, na Biblioteca Pública Municipal que foi destaque em 2008 por sua classificação em 9o lugar entre 6.000 bibliotecas nacionais avaliadas pela Fundação Santilhana(IDEB).
Também em 2008 Roque Gonzales teve o melhor desempenho na "Prova Brasil", ficando em primeiro lugar na prova de Português a 4a e 9o a 8a Série. Já em Matemática a 4a Série ficou em 4o lugar e a 8a série em 20o lugar, dentre 322 municípios que participaram da avaliação.
É também conhecida como "Capital Missioneira da Literatura" por ser berço de escritores reconhecidos nacional e internacionalmente, sendo que um deles possui uma das maiores bibliotecas particulares do estado e do país, contando com um acervo de 10.000 obras, que serve de semente para mais leitores e aspirantes a escritores do município.
Fonte: Calendário de Eventos - 2009
Roque Gonzales -RS
43 Anos de Emancipação Político Administrativa.
" Um pouco de história ao alcance de todos"
segunda-feira, 27 de julho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Feira do Livro - São Luiz Gonzaga
Antes de 1959, Guarani das Missões era o 5o Distrito de São Luiz Gonzaga.
Nossa terra mãe prestou uma homenagem aos seus artistas locais, Pedro Ortaça e Luiz Carlos Borges, que receberam um busto do Grande Jaime Caetano Braun, um escultura em bronze, produzida pelo talentoso escultor local Vinícius Ribeiro. Participei também deste evento de significado ímpar, como autora presente.
Posso dizer que senti-me nas alturas por estar presente nesta grande noite, que até hoje povoa meus sonhos literários.
Lançamento Oficial do livro na Braspol em Guarani das Missões
Uma Missão, Dois Destinos conta a história de um imigrante que veio da Polônia para ajudar a construir este município. A narrativa é fictícia, mas baseada em fatos reais, obtidas através de depoimentos...uma história do saber contado. Fotos do Evento que aconteceu no mesmo ano do cinquentenário de emancipação de Guarani das Missões.
domingo, 29 de março de 2009
Algumas fotos recentes de Guarani das Missões
quinta-feira, 26 de março de 2009
BREVES NOTÍCIAS DA COLÔNIA GUARANI
Foto de um moinho d'água. Uma réplica dos moinhos antigos. Foto de meu bisavô Johannes Jerzewski e bisavó Maria zynda, ambos vieram da Polônia, oriundos de Warsóvia no ano de 1900. Ele trabalhava como agrimensor, ou seja, fazia a demarcação das terras na época da colonização. Deixou vários descendentes que hoje vivem em diversos recantos deste país e até em países estrangeiros.
Nos dias 18 e 19 de Julho estaremos nos reunindo num grande encontro dos descendentes de Johannes Jerzewski no pavilhão Central do Parque de Eventos Clemente Vicente Binkowski. Em Guarani das Missões.
Além dos sobrenome Jerzewski fazem parte outros como: Zembruski, Jablonski, Szynwelski, Manas, Lysyk, Beidacki, Ciekalski e Hamerski. Estamos trabalhando intensamente para o sucesso deste evento que terá como objetivo principal resgatar as raízes históricas dos nossos antepassados.
Sobre minha cidade, Guarani das Missões. Vejo-a tão esquecia...enquanto o tempo vai passando...Ela só passa a existir de quatro em quatro anos quando alguém se lembra que aqui também ocorrem Eleições Estaduais, quando as promessas de melhoria se multiplicam.
Na hora das ações concretas...pouco ou nada se faz, desde a época em que os colonizadores vieram com suas bagagens e sonhos.
(Trecho extraído do "Kalendarz Polski" _ Museu Antropológico Diretor Pestana) Publicado em Maio de 2008 na revista da Oitava Polfest, com o objetivo de mais pessoas possam conhecer nossa história.
NAS MARGENS DO RIO COMANDAÍ foi fundada em 1891 a Colônia Guarani, que será incluída entre as maiores do Rio Grande do Sul, eis que possui uma área de 150 milhas quadradas, cobertas de espessas matas. Expande-se no sentido nordeste da foz do rio Ijuí até a cidade de Nonoai, aldeia de índios mansos chamados Botocudos. As terras de lá são muito férteis. Excelentes matas estão repletas de árvores que constituem uma imensa riqueza desta região privilegiada. Incontáveis córregos e riachos cortam esta colônia em vária direções. Merecem especial destaque os seguintes rios: Comandaí, Pindaí, Santa Rosa, Nhacorá, Herval Grande, Cebolatí ou Turvo, Guarita, Fortaleza, Várzea, Passo Fundo e outros. Não se pode também esquecer que esta imensa faixa de terras é plana e corre ao longo da fronteira com a Argentina. Devido, pois, a tão vastas extensões e outras vantagens, a colônia da Guarani tem grande futuro. Além disso, possui uma comunicação fácil com a Argentina, eis que os barcos navegam até a cidade portuária de San Javier, situada no território argentino, numa distância de seis léguas da futura sede da colônia Guarani. Até esta última localidade os barcos não podem chegar, eis que são impedidos por pequeno salto no Rio Uruguai. Este empecilho o governo tratará de remover futuramente.
Do mesmo modo, consta que um ramal da estrada de Ferro(São Paulo/Rio Grande do Sul - por Itararé) passará por Guarani. Deste modo os colonos estarão ligados: com Porto Alegre e outras cidades, bem como com colônias do R.G. do Sul: b) com o estado do Paraná e c) com o estado do Paraná e c) através do rio Uruguai, à Argentina, particularmente com Buenos Aires e outras cidades portuárias. Levando em conta condições tão vantajosas a colônia de Guarani deverá tornar-se ponto de convergência para todos os imigrantes poloneses que estão espalhados entre outros grupos étnicos, porque lá, entre estranhos, estão expostos ao perigo, muito natural, de perderem as características de sua nacionalidade: no entanto aqui, unidos por condições tão favoráveis, poderão fundar um núcleo permanentemente típico, " tendo comunicações fáceis com as demais colônias do estado do Paraná. Para evitar qualquer mal entendido, esclareço que estas palavras acima não dizem respeito absolutamente aos que moram, no estado do Paraná ou no nosso Estado. Os quais em núcleos isolados constituem a maioria das populações, tendo em vista unicamente aqueles poloneses espalhados entre estranhos: por estes seria de bom alvitre e conforme a oportunidade, a venda de suas propriedades e sua mudança para Guarani.
Previno, igualmente, que é preciso considerar a estação do ano que mais convenha para se radicar na colônia; eis que os meses de agosto, setembro e outubro seriam os mais adequados para isso, pois nesta época haverá tempo para proceder a derrubada das matas e a plantação de milho. Por parte do governo, contudo, além da terra, pode-se esperar, unicamente, trabalho na construção de estradas; todo e qualquer outro auxílio já foi suspenso, atualmente.
Do mesmo modo, os operários qualificados (artesões) que estejam com vontade de trabalhar - oxalá, só nos primeiros tempos na roça - encontrarão dentro de sua profissão, com toda certeza, mais tarde, melhores ganhos do que na própria cidade. A Colônia Guarani, até agora, é pouco povoada, embora já exista há sete anos. As causas disto devemos procurar: 1) Nos tempos incertos da última guerra civil (Revolução Federalista de 1892-1895) 2) a distância desta colônia em relação aos lugares povoados; 3) finalmente, na negligente administração desta comunidade.
Quanto a Ijuí, existem somente uns 800 lotes coloniais a serem distribuídos, localizados a uma distância de cinco a oito léguas da vila. Assim mesmo, na maior parte destes lotes, fixaram-se " Brasileiros" Ainda que não esteja desaconselhando a ninguémque se radique na nossa colônia, a chegada de mais um patrício causa a todos nós uma imenssa alegria, todavia em tais condições, e prevendo um rápido povoamento de nossa colônia - aconselho a todos os novos imigrantes que se encaminhem a Guarani, que está fadadda a ser um futuro centro exclusivamente polonês, unindo aos, irmãos noestado do Paraná.
O número de famílias em Guarani atinge a 250, das quais 150 são poloneses e, parte restante é composta de suecos e alemães. Um dos primeiros chefes desta colônia foi um sueco - que trouxe muitos compatriotas. Embora o clima local fosse considerado excepcionalmente saudável aos poloneses, morriam os suecos em grande número(mais de cem famílias num ano). No entanto, dentre os poloneses, segundo consta, num período de sete anos, teriam morrido apenas dois adultos e algumas crianças.
Outro "chefe alemão" com uma noção de confort, tipicmente alemâ, "Gemütlichkeit", residia em Porto Alegre. Nos cinco anos de sua administração mal visitou esta colônia algumas vezes por ano.
O atual chefe, "brasileiro", reside permanentemente na sede, e a medida de suas possibilidades, interessa-se por boas estradas e também pelo desenvolvimento da comunidade em geral. Ouvi dizer que, provavelmente, lhe agradam mais os alemães do que os poloneses, devido a um superior "polimento", mas a amioria é constituída por poloneses. Não há dúvida de que Guarani em pouco tempo será povoada por poloneses, então haverá um padre, escola, sociedade, etc. Guarani possui duas cidadezinhas, uma localizada a cinco léguas de Santo Ângelo, onde se situa a administração da colônia, uma farmácia e algumas casas de negócios. A Outra vila está projetada nas margens do rio Uruguai, distânte 10 léguas da colônia. Segundo narrações que chegam ao nosso conhecimento, a estrada que cruza aquelas matas é bastante boa.Consta, também, que ali residem 50 famílias de suecos, que se aproveitando do rio que é navegável, nos momentos de folga dedicam-se ao esporte do remo. Todavia, não possuem um templo religioso e nem tampouco, escola. Ali mesmo, nas matas próxims existem dois aldeamentos(toldos) de bugres mansos. O primeiro, nas margens do arroio de Santa Rosa e o outro, nas proximidades da colônia Militar de NOnoai. Este último tapa mais contato com o mundo, pois está situado perto da estrada que conduz aos estados do Paraná e Santa Catarina e , também, para a Argentina. O primeiro toldo fica situado no interior da mata virgem, isolado do resto do mundo. Segundo consta, todos os bugres já estariam batizados do que aliás, pode se duvidar, pois raras vezes aqui pode se encontrar um padre católico. Nesta colônia as condições para a agricultura são mais propícias, pois a terra é muito fértil. Dos moradores poloneses ali estabeleceidos uma parte se fixou perto da cidadezinha e o resto mais perto de Santo Ângelo. Do meu ponto de vista, procederam mal, porque a cidadezinha recém-fundada terá, mais tarde, singular importância nos meios comerciais. O preçco do lote colonial subirá gradativamente, passo a passo, assim ocorre em Ijuí, enquanto as outras colônias mais afastadas tiveram uma valoriza~ção insignificante. Nós poloneses, que somos obrigados a ficar no estrangeiro, pois nossos ferrenhos inimigos, por meios injustos e fraudulentos, nos arrebataram a nossa Pátri, e junto disso, a possibilidade de uma existência livre- não devemos esquecer, jamais, a nossa querida Pátria-mãe, a qual, apesar de todas as infâmias e perseguições, de seus inimigos acérrimos permanecerá sempre dentro do esplendor do seu passado jamais eclipsado.
Procuremos reviver, conservar e engrandecer os nossos sentimentos patrióticos - eduquemos nossos filhos dentro da religião, nos hábitos e costumes poloneses, recordando-lhes, também, seguidamente, os feitos gloriosos de nossos antepassados, dos reis poloneses, heróis e ilustres homens de estado, só então poderemos viver em paz, com a convicção de que tudo fizemos para nós e nossos filhos, assim como exige a nóssa Pátria sagrada. E então teremos a certeza, que a Poolônia renascerá, sem ajuda externa, contando apenas com suas próprias forças com o auxílio de Deus. Assim quando nos tornamos capazes desta tarefa, Ele nos ajudará e, que desde já, nos abençoe.
Este texto é uma cópia fiel da publicação na revista da oitava POlfest, edição 2008. è uma verdadeira jóia, que temos a obrigação de divulgar e preservar.
Teve como Direção: Micheli Santos; Coordenação: Ilário Valerio Kuligowski; Editoração Eletrônica: Maurício Piltz de Lima; Publicidade: Irena Bielohoubek; Revisão: Clara Emília Hochegger; Impressão: Gráfica Adhara Ltda. Tiragem de 2000 exemplares.
Nos dias 18 e 19 de Julho estaremos nos reunindo num grande encontro dos descendentes de Johannes Jerzewski no pavilhão Central do Parque de Eventos Clemente Vicente Binkowski. Em Guarani das Missões.
Além dos sobrenome Jerzewski fazem parte outros como: Zembruski, Jablonski, Szynwelski, Manas, Lysyk, Beidacki, Ciekalski e Hamerski. Estamos trabalhando intensamente para o sucesso deste evento que terá como objetivo principal resgatar as raízes históricas dos nossos antepassados.
Sobre minha cidade, Guarani das Missões. Vejo-a tão esquecia...enquanto o tempo vai passando...Ela só passa a existir de quatro em quatro anos quando alguém se lembra que aqui também ocorrem Eleições Estaduais, quando as promessas de melhoria se multiplicam.
Na hora das ações concretas...pouco ou nada se faz, desde a época em que os colonizadores vieram com suas bagagens e sonhos.
(Trecho extraído do "Kalendarz Polski" _ Museu Antropológico Diretor Pestana) Publicado em Maio de 2008 na revista da Oitava Polfest, com o objetivo de mais pessoas possam conhecer nossa história.
NAS MARGENS DO RIO COMANDAÍ foi fundada em 1891 a Colônia Guarani, que será incluída entre as maiores do Rio Grande do Sul, eis que possui uma área de 150 milhas quadradas, cobertas de espessas matas. Expande-se no sentido nordeste da foz do rio Ijuí até a cidade de Nonoai, aldeia de índios mansos chamados Botocudos. As terras de lá são muito férteis. Excelentes matas estão repletas de árvores que constituem uma imensa riqueza desta região privilegiada. Incontáveis córregos e riachos cortam esta colônia em vária direções. Merecem especial destaque os seguintes rios: Comandaí, Pindaí, Santa Rosa, Nhacorá, Herval Grande, Cebolatí ou Turvo, Guarita, Fortaleza, Várzea, Passo Fundo e outros. Não se pode também esquecer que esta imensa faixa de terras é plana e corre ao longo da fronteira com a Argentina. Devido, pois, a tão vastas extensões e outras vantagens, a colônia da Guarani tem grande futuro. Além disso, possui uma comunicação fácil com a Argentina, eis que os barcos navegam até a cidade portuária de San Javier, situada no território argentino, numa distância de seis léguas da futura sede da colônia Guarani. Até esta última localidade os barcos não podem chegar, eis que são impedidos por pequeno salto no Rio Uruguai. Este empecilho o governo tratará de remover futuramente.
Do mesmo modo, consta que um ramal da estrada de Ferro(São Paulo/Rio Grande do Sul - por Itararé) passará por Guarani. Deste modo os colonos estarão ligados: com Porto Alegre e outras cidades, bem como com colônias do R.G. do Sul: b) com o estado do Paraná e c) com o estado do Paraná e c) através do rio Uruguai, à Argentina, particularmente com Buenos Aires e outras cidades portuárias. Levando em conta condições tão vantajosas a colônia de Guarani deverá tornar-se ponto de convergência para todos os imigrantes poloneses que estão espalhados entre outros grupos étnicos, porque lá, entre estranhos, estão expostos ao perigo, muito natural, de perderem as características de sua nacionalidade: no entanto aqui, unidos por condições tão favoráveis, poderão fundar um núcleo permanentemente típico, " tendo comunicações fáceis com as demais colônias do estado do Paraná. Para evitar qualquer mal entendido, esclareço que estas palavras acima não dizem respeito absolutamente aos que moram, no estado do Paraná ou no nosso Estado. Os quais em núcleos isolados constituem a maioria das populações, tendo em vista unicamente aqueles poloneses espalhados entre estranhos: por estes seria de bom alvitre e conforme a oportunidade, a venda de suas propriedades e sua mudança para Guarani.
Previno, igualmente, que é preciso considerar a estação do ano que mais convenha para se radicar na colônia; eis que os meses de agosto, setembro e outubro seriam os mais adequados para isso, pois nesta época haverá tempo para proceder a derrubada das matas e a plantação de milho. Por parte do governo, contudo, além da terra, pode-se esperar, unicamente, trabalho na construção de estradas; todo e qualquer outro auxílio já foi suspenso, atualmente.
Do mesmo modo, os operários qualificados (artesões) que estejam com vontade de trabalhar - oxalá, só nos primeiros tempos na roça - encontrarão dentro de sua profissão, com toda certeza, mais tarde, melhores ganhos do que na própria cidade. A Colônia Guarani, até agora, é pouco povoada, embora já exista há sete anos. As causas disto devemos procurar: 1) Nos tempos incertos da última guerra civil (Revolução Federalista de 1892-1895) 2) a distância desta colônia em relação aos lugares povoados; 3) finalmente, na negligente administração desta comunidade.
Quanto a Ijuí, existem somente uns 800 lotes coloniais a serem distribuídos, localizados a uma distância de cinco a oito léguas da vila. Assim mesmo, na maior parte destes lotes, fixaram-se " Brasileiros" Ainda que não esteja desaconselhando a ninguémque se radique na nossa colônia, a chegada de mais um patrício causa a todos nós uma imenssa alegria, todavia em tais condições, e prevendo um rápido povoamento de nossa colônia - aconselho a todos os novos imigrantes que se encaminhem a Guarani, que está fadadda a ser um futuro centro exclusivamente polonês, unindo aos, irmãos noestado do Paraná.
O número de famílias em Guarani atinge a 250, das quais 150 são poloneses e, parte restante é composta de suecos e alemães. Um dos primeiros chefes desta colônia foi um sueco - que trouxe muitos compatriotas. Embora o clima local fosse considerado excepcionalmente saudável aos poloneses, morriam os suecos em grande número(mais de cem famílias num ano). No entanto, dentre os poloneses, segundo consta, num período de sete anos, teriam morrido apenas dois adultos e algumas crianças.
Outro "chefe alemão" com uma noção de confort, tipicmente alemâ, "Gemütlichkeit", residia em Porto Alegre. Nos cinco anos de sua administração mal visitou esta colônia algumas vezes por ano.
O atual chefe, "brasileiro", reside permanentemente na sede, e a medida de suas possibilidades, interessa-se por boas estradas e também pelo desenvolvimento da comunidade em geral. Ouvi dizer que, provavelmente, lhe agradam mais os alemães do que os poloneses, devido a um superior "polimento", mas a amioria é constituída por poloneses. Não há dúvida de que Guarani em pouco tempo será povoada por poloneses, então haverá um padre, escola, sociedade, etc. Guarani possui duas cidadezinhas, uma localizada a cinco léguas de Santo Ângelo, onde se situa a administração da colônia, uma farmácia e algumas casas de negócios. A Outra vila está projetada nas margens do rio Uruguai, distânte 10 léguas da colônia. Segundo narrações que chegam ao nosso conhecimento, a estrada que cruza aquelas matas é bastante boa.Consta, também, que ali residem 50 famílias de suecos, que se aproveitando do rio que é navegável, nos momentos de folga dedicam-se ao esporte do remo. Todavia, não possuem um templo religioso e nem tampouco, escola. Ali mesmo, nas matas próxims existem dois aldeamentos(toldos) de bugres mansos. O primeiro, nas margens do arroio de Santa Rosa e o outro, nas proximidades da colônia Militar de NOnoai. Este último tapa mais contato com o mundo, pois está situado perto da estrada que conduz aos estados do Paraná e Santa Catarina e , também, para a Argentina. O primeiro toldo fica situado no interior da mata virgem, isolado do resto do mundo. Segundo consta, todos os bugres já estariam batizados do que aliás, pode se duvidar, pois raras vezes aqui pode se encontrar um padre católico. Nesta colônia as condições para a agricultura são mais propícias, pois a terra é muito fértil. Dos moradores poloneses ali estabeleceidos uma parte se fixou perto da cidadezinha e o resto mais perto de Santo Ângelo. Do meu ponto de vista, procederam mal, porque a cidadezinha recém-fundada terá, mais tarde, singular importância nos meios comerciais. O preçco do lote colonial subirá gradativamente, passo a passo, assim ocorre em Ijuí, enquanto as outras colônias mais afastadas tiveram uma valoriza~ção insignificante. Nós poloneses, que somos obrigados a ficar no estrangeiro, pois nossos ferrenhos inimigos, por meios injustos e fraudulentos, nos arrebataram a nossa Pátri, e junto disso, a possibilidade de uma existência livre- não devemos esquecer, jamais, a nossa querida Pátria-mãe, a qual, apesar de todas as infâmias e perseguições, de seus inimigos acérrimos permanecerá sempre dentro do esplendor do seu passado jamais eclipsado.
Procuremos reviver, conservar e engrandecer os nossos sentimentos patrióticos - eduquemos nossos filhos dentro da religião, nos hábitos e costumes poloneses, recordando-lhes, também, seguidamente, os feitos gloriosos de nossos antepassados, dos reis poloneses, heróis e ilustres homens de estado, só então poderemos viver em paz, com a convicção de que tudo fizemos para nós e nossos filhos, assim como exige a nóssa Pátria sagrada. E então teremos a certeza, que a Poolônia renascerá, sem ajuda externa, contando apenas com suas próprias forças com o auxílio de Deus. Assim quando nos tornamos capazes desta tarefa, Ele nos ajudará e, que desde já, nos abençoe.
Este texto é uma cópia fiel da publicação na revista da oitava POlfest, edição 2008. è uma verdadeira jóia, que temos a obrigação de divulgar e preservar.
Teve como Direção: Micheli Santos; Coordenação: Ilário Valerio Kuligowski; Editoração Eletrônica: Maurício Piltz de Lima; Publicidade: Irena Bielohoubek; Revisão: Clara Emília Hochegger; Impressão: Gráfica Adhara Ltda. Tiragem de 2000 exemplares.
terça-feira, 24 de março de 2009
A Formação das novas cidades através da colonização
Curitiba. Casa construída em estilo polones. Está localizada em um Bosque. Casas semelhantes a esta eram construídas pelos imigrantes quando chegaram ao Brasil.
A imigração polonesa
Causas da imigração
A Polônia deixou de ser uma nação independente, pois foi invadida por três grandes potências: a Áustria, a Prússia e a Rússia. Este país, foi a terceira nação que mais forneceu imigrantes para o Rio Grande do Sul.
Praticamente mais da metade da população polonesa dedicava-se à agricultura em condições precárias, eram quase escravos que trabalhavam para a nobreza feudal ou nas terras que foram usurpadas pelos conquistadores.
A maioria dos imigrantes poloneses saíram de sua Pátria fugindo da opressão violenta imposta pelos invasores. Pois perderam o direito à liberdade, educação, também à religião e qualquer convívio social.
Foram tempos de guerras e dificuldades.
Quase todos saíram como clandestinos, atraídos pela papaganda feita pelo Governo Brasileiro. O início da imigração polonesa no Brasil foi em 1867. Vieram primeiro para o Estado do Paraná, algumas famílias foram para a Bahia e outras para o Espirito Santos.
Muitos que não se adaptaram ao clima, foram deslocados para uma região próxima a Porto Alegre.
A imigração polonesa sofreu um grande impulso com a Proclamação da República, foi interrompida durante a Revolução Federalista.
Aproximadamente 30000 pessoas vieram para este estado até 1920. A independência da Polônia em 1918 interrompeu o fluxo imigratório.
A cidade que mais recebeu imigrantes poloneses foi Guarani das Missões, cerca de 9500 pessoas vieram até aqui. Porto Alegre, em torno de duas mil, Ijuí mais ou menos 600. Muitos foram para Erechim, outros para São Marcos de Caxias.
Não existem dados exatos sobre o número da imigração polonesa, pois, a Polônia não era uma nação independente naquela época, assim os documentos eram emitidos pelas Nações que detinham o domínio do País. Por isso vários poloneses chegaram ao Brasil como alemães, austríacos ou russos.
Causas da imigração
A Polônia deixou de ser uma nação independente, pois foi invadida por três grandes potências: a Áustria, a Prússia e a Rússia. Este país, foi a terceira nação que mais forneceu imigrantes para o Rio Grande do Sul.
Praticamente mais da metade da população polonesa dedicava-se à agricultura em condições precárias, eram quase escravos que trabalhavam para a nobreza feudal ou nas terras que foram usurpadas pelos conquistadores.
A maioria dos imigrantes poloneses saíram de sua Pátria fugindo da opressão violenta imposta pelos invasores. Pois perderam o direito à liberdade, educação, também à religião e qualquer convívio social.
Foram tempos de guerras e dificuldades.
Quase todos saíram como clandestinos, atraídos pela papaganda feita pelo Governo Brasileiro. O início da imigração polonesa no Brasil foi em 1867. Vieram primeiro para o Estado do Paraná, algumas famílias foram para a Bahia e outras para o Espirito Santos.
Muitos que não se adaptaram ao clima, foram deslocados para uma região próxima a Porto Alegre.
A imigração polonesa sofreu um grande impulso com a Proclamação da República, foi interrompida durante a Revolução Federalista.
Aproximadamente 30000 pessoas vieram para este estado até 1920. A independência da Polônia em 1918 interrompeu o fluxo imigratório.
A cidade que mais recebeu imigrantes poloneses foi Guarani das Missões, cerca de 9500 pessoas vieram até aqui. Porto Alegre, em torno de duas mil, Ijuí mais ou menos 600. Muitos foram para Erechim, outros para São Marcos de Caxias.
Não existem dados exatos sobre o número da imigração polonesa, pois, a Polônia não era uma nação independente naquela época, assim os documentos eram emitidos pelas Nações que detinham o domínio do País. Por isso vários poloneses chegaram ao Brasil como alemães, austríacos ou russos.
São Francisco Borja
São Francisco Borja foi o primeiro povo a ser fundado no segundo ciclo.
Fazia parte dos Sete Povos das Missões.
No ano de 1682 ocorreu a fundação do povoado, no início era apenas uma colônia do povo de São Tomé, com cerca de 1952 pessoas. Aos poucos mais nativos vieram da Banda Ocidental e formaram uma nova redução em 1687, o Padre que os orientou e fundou São Francisco Borja foi Francisco Garcia.
A construção da igreja e de outras obras, foi projetada e orientada pelo irmão José Brazanelli. Este, também treinou e comandou os índios em vários combates contra a Colônia de Sacramento e a confederação dos guenoas, os nativos papeanos que eram instigados pelos portugueses a lutar contra os Guaranis.
A redução de São Francisco Borja desapareceu pelo mesmo motivo que os outros seis povos missioneiros. Nada resta de seus templos e casas.
A cidade de São Borja, foi erguida sobre o sítio Arqueológico.
Fazia parte dos Sete Povos das Missões.
No ano de 1682 ocorreu a fundação do povoado, no início era apenas uma colônia do povo de São Tomé, com cerca de 1952 pessoas. Aos poucos mais nativos vieram da Banda Ocidental e formaram uma nova redução em 1687, o Padre que os orientou e fundou São Francisco Borja foi Francisco Garcia.
A construção da igreja e de outras obras, foi projetada e orientada pelo irmão José Brazanelli. Este, também treinou e comandou os índios em vários combates contra a Colônia de Sacramento e a confederação dos guenoas, os nativos papeanos que eram instigados pelos portugueses a lutar contra os Guaranis.
A redução de São Francisco Borja desapareceu pelo mesmo motivo que os outros seis povos missioneiros. Nada resta de seus templos e casas.
A cidade de São Borja, foi erguida sobre o sítio Arqueológico.
sexta-feira, 20 de março de 2009
São Luiz Gonzaga: A Música de Pedro Ortaça.
Foto: Entrega de um exemplar do livro para o Gabriel Ortaça
Fomos pessoalmente até São Luiz Gonzaga para presentear o Gabriel Ortaça com um exemplar do livro Uma Missão, Dois Destinos.
O gaiteiro é capa deste livro missioneiro.
Foto: Pedro Ortaça(Mestre da Cultura Popular Brasileira), eu (autora do livro Uma Missão, dois Destinos), Rômulo(meu esposo) e Gabriel Ortaça.
Foi uma honra para mim, como fã da música de Pedro Ortaça, posar para esta foto em frente a casa do Mestre em São Luiz Gonzaga.
Fomos pessoalmente até São Luiz Gonzaga para presentear o Gabriel Ortaça com um exemplar do livro Uma Missão, Dois Destinos.
O gaiteiro é capa deste livro missioneiro.
Foto: Pedro Ortaça(Mestre da Cultura Popular Brasileira), eu (autora do livro Uma Missão, dois Destinos), Rômulo(meu esposo) e Gabriel Ortaça.
Foi uma honra para mim, como fã da música de Pedro Ortaça, posar para esta foto em frente a casa do Mestre em São Luiz Gonzaga.
O que restou das paredes do templo da redução de São Lourenço Mártir, no interior do Município de São Luiz Gonzaga.
Peço licença a este grande artista para escrever sobre ele como fã de sua música, bem como de sua voz inconfundível. Compartilho com ele, apesar de não ser descendente da linhagem nobre dos Guaranis, do amor incondicional por esta Terra, que também é minha mãe.
Amo as paisagens que se estendem por estes horizontes, os rios, o pôr-do-sol avermelhado que ilumina o pré crepúsculo deste infinito.
Pedro Ortaça é filho desta terra, tem um mérito de conseguir através de sua voz e canto desvendar as riquezas e os segredos íntimos da Terra que brota, expressa seus acordes no mesmo timbre dos sinos dos templos que ainda soam na eternidae.
Ortaça é uma voz que não cala: ele canta e toca, ensina a respeitar o que foi a República Guarani e protesta pela injustiça cometida contra um povo.
Minha total admiração e respeito por este ser iluminado que enche nos ouvidos com sua voz e sua música.
AS PEDRAS SÃO TESTEMUNHAS
Milonga MIssioneira
(Julio Fontela/Pedro Ortaça)
O CANHÃO DOS DITADORES
A PISTOLA E O ARCABUZ
CURVARAM A FORÇA DA CRUZ
NA CHACINA EM CAIBOATÉ
TIROU A VIDA DE SEPÉ
ROUBOU A TERRA GUARANI
MATOU O PROGRESSO DAQUI
QUEIMANDO OS TEMPOS DA FÉ
MAS FICARAM TESTEMUNHAS
A CONTAR PARA OS MAIS NOVOS
DO QUE FOI OS 7 POVOS
EM CUJA ESQUIFE AINDA ENCERRA
DA HEDIONDEZA DE UMA GUERRA
HÁ ODIOSA SAGA ASSASSINA
QUANDO AS AVES DE RAPINA
MANCHARAM DE SANGUE A TERRA
CADA PEDRA É TESTEMUNHA
DA CHEGADA DO INIMIGO
TAMBÉM DO DURO CASTIGO
DOS REBENCASSOS DO CLIMA
NOS FALAM DA OBRA PRIMA
QUE OS ÍNDIOS EDIFICARAM
ATÉ QUE OS BÁRBAROS CHEGARAM
E PISOTEARAM POR CIMA
SE ESSAS PEDRAS FALASSEM
GRITARIAM SUA AGONIA
EM PROTESTO A TIRANIA
DAS HIENAS INVASORAS
QUE NA FORÇA DEMOLIDORA
DO SATÂNICO ESTRANGEIRO
EXPULSOU O POVO MISSIONEIRO
DESTA TERRA PROMISSORA
CADA PEDRA DESSAS RUÍNAS
SOLUÇA O ACONTECIDO
O VENTO CHORA EM GEMIDOS
PELOS CAMINHOS QUE PASSA
O BAMBURAL SE ENTRELAÇA
COM NEFASTO SENTIMENTO
NUM FUNERAL DE LAMENTOS
DO QUE RESTOU DE UMA RAÇA.
Pedro Ortaça e Julio Fontela, conseguiram expressar através desta canção, toda a saga das Missões.
Amo as paisagens que se estendem por estes horizontes, os rios, o pôr-do-sol avermelhado que ilumina o pré crepúsculo deste infinito.
Pedro Ortaça é filho desta terra, tem um mérito de conseguir através de sua voz e canto desvendar as riquezas e os segredos íntimos da Terra que brota, expressa seus acordes no mesmo timbre dos sinos dos templos que ainda soam na eternidae.
Ortaça é uma voz que não cala: ele canta e toca, ensina a respeitar o que foi a República Guarani e protesta pela injustiça cometida contra um povo.
Minha total admiração e respeito por este ser iluminado que enche nos ouvidos com sua voz e sua música.
AS PEDRAS SÃO TESTEMUNHAS
Milonga MIssioneira
(Julio Fontela/Pedro Ortaça)
O CANHÃO DOS DITADORES
A PISTOLA E O ARCABUZ
CURVARAM A FORÇA DA CRUZ
NA CHACINA EM CAIBOATÉ
TIROU A VIDA DE SEPÉ
ROUBOU A TERRA GUARANI
MATOU O PROGRESSO DAQUI
QUEIMANDO OS TEMPOS DA FÉ
MAS FICARAM TESTEMUNHAS
A CONTAR PARA OS MAIS NOVOS
DO QUE FOI OS 7 POVOS
EM CUJA ESQUIFE AINDA ENCERRA
DA HEDIONDEZA DE UMA GUERRA
HÁ ODIOSA SAGA ASSASSINA
QUANDO AS AVES DE RAPINA
MANCHARAM DE SANGUE A TERRA
CADA PEDRA É TESTEMUNHA
DA CHEGADA DO INIMIGO
TAMBÉM DO DURO CASTIGO
DOS REBENCASSOS DO CLIMA
NOS FALAM DA OBRA PRIMA
QUE OS ÍNDIOS EDIFICARAM
ATÉ QUE OS BÁRBAROS CHEGARAM
E PISOTEARAM POR CIMA
SE ESSAS PEDRAS FALASSEM
GRITARIAM SUA AGONIA
EM PROTESTO A TIRANIA
DAS HIENAS INVASORAS
QUE NA FORÇA DEMOLIDORA
DO SATÂNICO ESTRANGEIRO
EXPULSOU O POVO MISSIONEIRO
DESTA TERRA PROMISSORA
CADA PEDRA DESSAS RUÍNAS
SOLUÇA O ACONTECIDO
O VENTO CHORA EM GEMIDOS
PELOS CAMINHOS QUE PASSA
O BAMBURAL SE ENTRELAÇA
COM NEFASTO SENTIMENTO
NUM FUNERAL DE LAMENTOS
DO QUE RESTOU DE UMA RAÇA.
Pedro Ortaça e Julio Fontela, conseguiram expressar através desta canção, toda a saga das Missões.
quinta-feira, 19 de março de 2009
São Lourenço Mártir.
Os carneiros vivem entre as ruínas, emprestando uma estranha sensação de magia.
Parte de uma parede que restou: Um portal.
A fundação da redução de São Lourenço Mártir aconteceu em 1690, com os índios do povo de Santa Maria Maior, descendentes dos fugitivos de Guaíra. O responsável pela fundação foi o Padre Bernardo de la Vega, instala do no início com 3510. Em 1707 haviam 4519 habitantes neste povoado.
Foi extinto pelos mesmos motivos que todos os Sete Povos das Missões. Ambição e sede de poder.
Está localizado no interior do munícipio de São Luiz Gonzaga, entre fazendas da região. Mas realmente vale a pena conhecer.
A sensação de estar lá, entre as ruínas é inexplicável. Há um clima de magia, segredos e emoções.
Como se as rochas estivessem ecoando os gritos de socorro de seu povo massacrado.
Foi extinto pelos mesmos motivos que todos os Sete Povos das Missões. Ambição e sede de poder.
Está localizado no interior do munícipio de São Luiz Gonzaga, entre fazendas da região. Mas realmente vale a pena conhecer.
A sensação de estar lá, entre as ruínas é inexplicável. Há um clima de magia, segredos e emoções.
Como se as rochas estivessem ecoando os gritos de socorro de seu povo massacrado.
São Luiz Gonzaga: Terra da Hospitalidade.
Escultura em madeira, do índio Sepé Tiarajú, no Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.
Existem relatos de que São Luiz Gonzaga é o Berço de Sepé Tiarajú.
Carrega o título de Capital do Folclore Missioneiro.
O maior destaque de São Luiz Gonzaga portanto, fica por conta de seus artistas, na música riograndense, por mérito ao trabalho de músicos como Pedro Ortaça e seus familiares, Jorge Guedes e Jayme Caetano Braun, que hoje vive tocando sua música para o infinito da eternidade.
O lendário herói da resistência indígena que enfrentou exércitos portugueses e espanhóis para defender as Missões, teria nascido em suas terras. Para prestar uma homenagem a este valente índio, a cidade inaugurou um monumento em sua memória, no trevo principal da cidade. Vale a pena fazer uma visita.
A cidade tem também como parada obrigatória, um Museu Arqueológico, nele existe um acervo material que permite visualizar e compreender o modo de vida do povo guarani. São peças em cerâmica, pedras, louças e vidros, um local enriquecido pelos fragmentos da históriada fundação dos Sete Povos.
Um ponto fundamental está na religiosidade do povo ainda preservada. Para quem for devoto de Nossa Senhora de Lourdes, São Luiz Gonzaga preserva a Gruta Nossa Senhora de Lourdes que retrata a fé do povo que viveu momentos de tensão e medo no ano de 1924, ano em que o Revolucinário Luiz Carlos Prestes permaneceu na cidade por 60 dias. Reunindo 300 homens da região das Missões com o objetivode encontrar a coluna paulista e derrubar o presidente Prudente de Morais. Denominada como Coluna Prestes.
A belíssima gruta foi construída com madeira fossilizada e pedras semi-preciosas.
Existem belas esculturas entalhadas em madeira no interior da Igreja Matriz, entre elas, uma do padroeiro de São Luiz Gonzaga, feita pelas mãos de Josep Brasaneli, jesuíta Italiano, introdutor da escultura barroca nas Missões.
Podemos encontrar na cidade, lindas peças de artesanato, de excelente qualidade e muito bom gosto. Desde trabalhos manuais de tear, bordados, artes plásticas, escultura entre outros. Vale a pena conhecer a loja, onde vários artistas se associaram para desenvolver um trabalho marcante e que pode servir de exemplo para outros municípios.
A cidade oferece excelentes opções de gastronomia, lazer e hospedagem.
Carrega o título de Capital do Folclore Missioneiro.
O maior destaque de São Luiz Gonzaga portanto, fica por conta de seus artistas, na música riograndense, por mérito ao trabalho de músicos como Pedro Ortaça e seus familiares, Jorge Guedes e Jayme Caetano Braun, que hoje vive tocando sua música para o infinito da eternidade.
O lendário herói da resistência indígena que enfrentou exércitos portugueses e espanhóis para defender as Missões, teria nascido em suas terras. Para prestar uma homenagem a este valente índio, a cidade inaugurou um monumento em sua memória, no trevo principal da cidade. Vale a pena fazer uma visita.
A cidade tem também como parada obrigatória, um Museu Arqueológico, nele existe um acervo material que permite visualizar e compreender o modo de vida do povo guarani. São peças em cerâmica, pedras, louças e vidros, um local enriquecido pelos fragmentos da históriada fundação dos Sete Povos.
Um ponto fundamental está na religiosidade do povo ainda preservada. Para quem for devoto de Nossa Senhora de Lourdes, São Luiz Gonzaga preserva a Gruta Nossa Senhora de Lourdes que retrata a fé do povo que viveu momentos de tensão e medo no ano de 1924, ano em que o Revolucinário Luiz Carlos Prestes permaneceu na cidade por 60 dias. Reunindo 300 homens da região das Missões com o objetivode encontrar a coluna paulista e derrubar o presidente Prudente de Morais. Denominada como Coluna Prestes.
A belíssima gruta foi construída com madeira fossilizada e pedras semi-preciosas.
Existem belas esculturas entalhadas em madeira no interior da Igreja Matriz, entre elas, uma do padroeiro de São Luiz Gonzaga, feita pelas mãos de Josep Brasaneli, jesuíta Italiano, introdutor da escultura barroca nas Missões.
Podemos encontrar na cidade, lindas peças de artesanato, de excelente qualidade e muito bom gosto. Desde trabalhos manuais de tear, bordados, artes plásticas, escultura entre outros. Vale a pena conhecer a loja, onde vários artistas se associaram para desenvolver um trabalho marcante e que pode servir de exemplo para outros municípios.
A cidade oferece excelentes opções de gastronomia, lazer e hospedagem.
São Luiz Gonzaga.
O povo de São Luiz gonzaga foi formado a partir da aglomeração das antigas reduções de São Joaquim e Santa Tereza. Os retirantes das mesmas foram agrupados com carinho pelo povo de Conceição, este tratava-se do povodo mais antigo da Banda Ocidental do Uruguai.
No total, eram 2922 pessoas que iriam formar a redução de São Luís Gonzaga, no ano de 1687.
O responsável pelo retorno, foi o Padre Alonso de Castilho, ele era o superior de todos os povos. A redução teve como primeiro cura o Padre Miguel Fernandes.
Existem registros de que em 1698, as casas dos habitantes do povo já estavam sendo concluídas. A igreja definitiva foi construída mais tarde.
No ano de 1997, haviam 1997 habitantes no lugar.
Situado ao noroeste do Estado, seu território é sulcado por muitos arroios e pelos rios Ijuí, Piratini e Ximbocu.
Fez parte da República Guarani desde sua fundação até 1756 quando, em consequência do tratado de Madri(1750) os índios e os jesuítas foram expulsos pelos exércitos português e espanhol.
A herança cultural deste passado rico em história, é encontrado na riqueza de seu acervo, na cultura de sua gente, como também na evolução que ultrapassou todos os limites e partiu rumo ao desenvolvimento.
A atual cidade de São Luiz Gonzaga foi construída sobre os escombros das ruínas. Não restaram vestígios visíveis da mesma.
No total, eram 2922 pessoas que iriam formar a redução de São Luís Gonzaga, no ano de 1687.
O responsável pelo retorno, foi o Padre Alonso de Castilho, ele era o superior de todos os povos. A redução teve como primeiro cura o Padre Miguel Fernandes.
Existem registros de que em 1698, as casas dos habitantes do povo já estavam sendo concluídas. A igreja definitiva foi construída mais tarde.
No ano de 1997, haviam 1997 habitantes no lugar.
Situado ao noroeste do Estado, seu território é sulcado por muitos arroios e pelos rios Ijuí, Piratini e Ximbocu.
Fez parte da República Guarani desde sua fundação até 1756 quando, em consequência do tratado de Madri(1750) os índios e os jesuítas foram expulsos pelos exércitos português e espanhol.
A herança cultural deste passado rico em história, é encontrado na riqueza de seu acervo, na cultura de sua gente, como também na evolução que ultrapassou todos os limites e partiu rumo ao desenvolvimento.
A atual cidade de São Luiz Gonzaga foi construída sobre os escombros das ruínas. Não restaram vestígios visíveis da mesma.
sexta-feira, 13 de março de 2009
SÃO JÕAO BATISTA: OS JESUÍTAS, JUNTAMENTE COM OS ÍNDIOS GUARANIS, EXTRAEM O FERRO DAS PEDRAS.
Foto: Eu e meu esposo Rômulo. Na véspera do feriado, dia 20 de Abril, numa noite típica do início do inverno Sulino, fomos com um grupo de amigos de Guarani das Missões com a finalidade de conhecer a Vinícola Fin.
Tivemos a oportunidade de experimentar a gatronomia genuína e particularíssima, que valoriza a tradição e os costumes da típica e rica culinária italiana.
Tivemos a oportunidade de experimentar a gatronomia genuína e particularíssima, que valoriza a tradição e os costumes da típica e rica culinária italiana.
Foto: Meu esposo Rômulo( a direita) e Jorge Fin que é o proprietário do empreendimento. Com uma visão empreendedora e de Vanguarda, decidiu apostar e criar a Vinícola Fin, aqui mesmo nas Missões. Prova de aqui também é uma terra de oportunidades, basta mudar paradigmas.
Mantém vivas as raízes e a tradição familiar na elaboração de vinhos e cultivo de videiras.
Oferece uma carta de vinhos muito especial:Asti MOscatel, Ancellotta, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Isabel e Bordô, Moscatel, Niágara e Licoroso.
Prova de que a região das Missões tem muito a oferecer.
Ao visitar as Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul, você vai descobrir mais de 300 anos de história, as construções arquitetônicas das Catedrais e a Vinícola Fin.
Localiza nas margens da BR 285, em Entre-Ijuís.
Fiz questão de fazer esta postagem e menção pois considero este empreendimento um exemplo a ser seguido pelo povo missioneiro.
Imagem das Ruínas
Localiza nas margens da BR 285, em Entre-Ijuís.
Fiz questão de fazer esta postagem e menção pois considero este empreendimento um exemplo a ser seguido pelo povo missioneiro.
Imagem das Ruínas
Uma pausa para descansar: Painel localizado na antiga redução...homenagem aos tempos passados.
Imagem das paredes que restaram do templo, no Sitio Arqueológico de São João Batista.
A redução de São João Batista surgiu por desmembramento do povo de São Miguel, pois as redondezas da mesma já não bastavam para prover de alimentos e recursos naturais.
Então decidiu-se numa reunião do Conselho, que os primogênitos das famílias, iriam deslocar-se e formar um novo povoado.
Acompanhados do Padre Antonio Sepp partiram, ao amanhecer de um novo dia, em busca de um lugar apropriado para constituir novas moradias para as famílias. Ao anoitecer, haviam encontrado um lugar ideal.
Isto foi no ano de 1697, saíram de São Miguel 2832 pessoas, originando assim o povo de São Jõao Batista. A construção da Igreja foi iniciada em 1708, era uma obra arquitetônica que nada devia em termos de imponência e beleza às igrejas bávaras.
O Padre Antonio Sepp era dotado de uma genialidade fora do comum, o fundador deste povo missioneiro era dotado de capacidade e inteligência à serviço da comunidade missioneira. Era músico, com excelente e sólida formação em música vocal e instrumental. Artista aprimorado, montou uma orquestra, com instrumentos musicais que foram confeccionados por ele e seus discípulos.
Descobriu uma forma de extrair o ferro através da fundição de rochas. O ferro das Missões passou a ser usado para fabricar diversos utensílios, inclusive os sinos da Igrejas. Isto possibilitou um notável progresso da redução de São Batista, pois passaram a ser fornecedores de intrumentos e matéria-prima para outras reduções, chegando inclusive a fazer exportações.
Sua obra-prima foi o relógio da torre da Igreja, pois a fornecer as horas, fazia girar no sentido horário, pelo mostrador, as imagens dos doze apóstolos. Inúmeros artistas em todas as profissões habitavam esta redução e eram orientados pelo padre Sepp.
Então decidiu-se numa reunião do Conselho, que os primogênitos das famílias, iriam deslocar-se e formar um novo povoado.
Acompanhados do Padre Antonio Sepp partiram, ao amanhecer de um novo dia, em busca de um lugar apropriado para constituir novas moradias para as famílias. Ao anoitecer, haviam encontrado um lugar ideal.
Isto foi no ano de 1697, saíram de São Miguel 2832 pessoas, originando assim o povo de São Jõao Batista. A construção da Igreja foi iniciada em 1708, era uma obra arquitetônica que nada devia em termos de imponência e beleza às igrejas bávaras.
O Padre Antonio Sepp era dotado de uma genialidade fora do comum, o fundador deste povo missioneiro era dotado de capacidade e inteligência à serviço da comunidade missioneira. Era músico, com excelente e sólida formação em música vocal e instrumental. Artista aprimorado, montou uma orquestra, com instrumentos musicais que foram confeccionados por ele e seus discípulos.
Descobriu uma forma de extrair o ferro através da fundição de rochas. O ferro das Missões passou a ser usado para fabricar diversos utensílios, inclusive os sinos da Igrejas. Isto possibilitou um notável progresso da redução de São Batista, pois passaram a ser fornecedores de intrumentos e matéria-prima para outras reduções, chegando inclusive a fazer exportações.
Sua obra-prima foi o relógio da torre da Igreja, pois a fornecer as horas, fazia girar no sentido horário, pelo mostrador, as imagens dos doze apóstolos. Inúmeros artistas em todas as profissões habitavam esta redução e eram orientados pelo padre Sepp.
Santo Ângelo, na Trama de Uma Missão, dois Destinos.
Santo Ângelo possui um Aeroporto, com voos regulares e também onde pousam aeronaves particulares. É um dos canais de acesso às Missões.
Numa ensolarada manhã, Valéria Couros, retorna ao seu local de origem. Seu primeiro contato com sua terra acontece no Aeroporto, quando retorna com Matheus, seu pai e outros familiares. Logo que pisa no chão Missioneiro sente uma emoção indescrítivel quando inspira o ar, sente os raios solares em sua pele e o vento a soprar-lhe as belas medeixas.
Mas a impressão maior de estar diante de uma grande verdade que ainda desconhece, ocorre quando se depara com a imagem da Catedral Angelopolina, localizada na praça da cidade.
Diante de si ocorrem visões, sente seu corpo tomado por calafrios...está prestes a desvendar os segredos de sua existência.
De Santo Ângelo, partem para São Miguel, local onde Valéria obterá as respostas para todas as perguntas que atormentam sua mente...
Numa ensolarada manhã, Valéria Couros, retorna ao seu local de origem. Seu primeiro contato com sua terra acontece no Aeroporto, quando retorna com Matheus, seu pai e outros familiares. Logo que pisa no chão Missioneiro sente uma emoção indescrítivel quando inspira o ar, sente os raios solares em sua pele e o vento a soprar-lhe as belas medeixas.
Mas a impressão maior de estar diante de uma grande verdade que ainda desconhece, ocorre quando se depara com a imagem da Catedral Angelopolina, localizada na praça da cidade.
Diante de si ocorrem visões, sente seu corpo tomado por calafrios...está prestes a desvendar os segredos de sua existência.
De Santo Ângelo, partem para São Miguel, local onde Valéria obterá as respostas para todas as perguntas que atormentam sua mente...
terça-feira, 10 de março de 2009
Santo Ângelo, seus atrativos.
Santo Ângelo atrai visitantes por possuir um belo roteiro turístico, é também rico em cultura e possui excelentes opções de lazer.
A cidade é um dos centros de atrações na região das Missões. Possui um rico turismo de eventos, da também conhecida Capital Missioneira, tendo como destaques eventos como o Festival Cidade das Tortas, Brique da Praça, Carnaval de Rua, Festival Canto Missioneiro e espetáculo como Ângelus - A Cidade dos Anjos e a própria via sacra Missioneira. A Fenamilho é maior evento que ocorre a cada dois anos.
São também pontos de visitação obrigatória o Museu Municipal, o Centro Histórico Missioneiro, na praça Pinheiro Machado, local onde viveram os antigos índios guarani que habitaram essas terras, há 300 anos.
Quem passa por Santo Ângelo não pode deixar de conhecer a Capela do Colégio Verzeri, onde existem pinturas do Italiano Emílio Sessa.
OUTROS ATRATIVOS SÃO:
Memorial a Coluna Prestes
Monumento ao índio Guarani
Gare da estação férrea
Museu arqueológico a céu aberto
Acervo Tupambaé
Santuário de Schoenstatt
Santuário da Salete, localizado no Seminário da Sagrada Família.
Cascata do Comandaí
A cidade é rica em opções...
A cidade é um dos centros de atrações na região das Missões. Possui um rico turismo de eventos, da também conhecida Capital Missioneira, tendo como destaques eventos como o Festival Cidade das Tortas, Brique da Praça, Carnaval de Rua, Festival Canto Missioneiro e espetáculo como Ângelus - A Cidade dos Anjos e a própria via sacra Missioneira. A Fenamilho é maior evento que ocorre a cada dois anos.
São também pontos de visitação obrigatória o Museu Municipal, o Centro Histórico Missioneiro, na praça Pinheiro Machado, local onde viveram os antigos índios guarani que habitaram essas terras, há 300 anos.
Quem passa por Santo Ângelo não pode deixar de conhecer a Capela do Colégio Verzeri, onde existem pinturas do Italiano Emílio Sessa.
OUTROS ATRATIVOS SÃO:
Memorial a Coluna Prestes
Monumento ao índio Guarani
Gare da estação férrea
Museu arqueológico a céu aberto
Acervo Tupambaé
Santuário de Schoenstatt
Santuário da Salete, localizado no Seminário da Sagrada Família.
Cascata do Comandaí
A cidade é rica em opções...
Chegada Apoteótica
UM registro para a posteridade.
Momento da chegada dos peregrinos, que percorreram 325 quilômetros de uma caminhada pelos Sete Povos das Missões. O percurso inclui os locais que abrigavam as antigas Missões Jesuíticas: São Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Lourenço, São Miguel das Missões, São João Batista, com chegada em Santo Ângelo.
Fiz parte da Caminhada durante os 3 últimos dias...foi uma experiência incrível, indescritível...só vivendo para entender esta emoção.
O trajeto percorrido é aproximadamente o mesmo que ligava as reduções, há mais de 300 anos. Passa por inúmeras fazendas, antigos armazéns de campanha, escolas, pousadas, casas de pedras retiradas das ruínas, pelo recentemente encontrado moinho missioneiro e a pedreira missioneira, local de onde eram retiradas as pedras para construir parte da igreja de São Miguel, além de outras edificações.
Momento da chegada dos peregrinos, que percorreram 325 quilômetros de uma caminhada pelos Sete Povos das Missões. O percurso inclui os locais que abrigavam as antigas Missões Jesuíticas: São Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Lourenço, São Miguel das Missões, São João Batista, com chegada em Santo Ângelo.
Fiz parte da Caminhada durante os 3 últimos dias...foi uma experiência incrível, indescritível...só vivendo para entender esta emoção.
O trajeto percorrido é aproximadamente o mesmo que ligava as reduções, há mais de 300 anos. Passa por inúmeras fazendas, antigos armazéns de campanha, escolas, pousadas, casas de pedras retiradas das ruínas, pelo recentemente encontrado moinho missioneiro e a pedreira missioneira, local de onde eram retiradas as pedras para construir parte da igreja de São Miguel, além de outras edificações.
Era um sábado cinzento. De repente o céu se abriu, as nuvens densas que acompanharam os peregrinos, durante quase todo o percurso, deram lugar ao sol.
A praça estava iluminada pelos raios dourados do astro maior, os sinos repicavam na torres da igreja...um calafrio percorreu minha espinha dorsal...
Lá estavam bem à nossa frente, os trinta arcos que representam cada um dos povos missioneiros. Enquanto eu mesma procurava o melhor ângulo para a foto de chegada, meu coração bateu mais forte no peito, as lágrimas teimavam em rolar pelo meu rosto, meus pés doiam...mas minha alma estava num júbilo indescritível...
Olhei para cada um dos rostos de meus companheiros de chegada, percebi em cada um deles a mesma emoção.
Nós andamos pelo chão missioneiro...
A Catedral Angelopolitana
Estátua do Cristo Morto, esculpida em madeira pelos índios guaranis, em tamanho natural.
Imagem interna da Catedral Angelopolitana.
A imagem esplendorosa que se detém em nossas retinas, da belíssima e imponente Catedral Angelopolinata referencia, para a atualidade, a mais importante página da História da região missioneira.
O estilo arquitetônico da mesma, reproduz, de forma original, uma bela réplica das históricas igrejas missioneiras, erguida em tamanho menor do que as construções antigas. Em seu frontispício podemos observar estatuetas que representam os padroeiros dos Sete Povos das Missões, em cima do templo, a Cruz Missioneira, um simbolo sagrado da fé. Em seu interior existem imagens de rara beleza e encantos, bem como uma estátua em madeira esculpida pelos índios guaranis, representando a imagem do Cristo Morto.
Podemos apreciar também a grandiosa imagem do Anjo da Guarda. De acordo com dados históricos registrados em documentos espanhóis, a redução de Santo ângelo Custódio foi consagrada ao Anjo Custódio das Missões, o protetor de todos os povos missioneiros, era chamada também de Sant'Angel de la Guardia.
O estilo arquitetônico da mesma, reproduz, de forma original, uma bela réplica das históricas igrejas missioneiras, erguida em tamanho menor do que as construções antigas. Em seu frontispício podemos observar estatuetas que representam os padroeiros dos Sete Povos das Missões, em cima do templo, a Cruz Missioneira, um simbolo sagrado da fé. Em seu interior existem imagens de rara beleza e encantos, bem como uma estátua em madeira esculpida pelos índios guaranis, representando a imagem do Cristo Morto.
Podemos apreciar também a grandiosa imagem do Anjo da Guarda. De acordo com dados históricos registrados em documentos espanhóis, a redução de Santo ângelo Custódio foi consagrada ao Anjo Custódio das Missões, o protetor de todos os povos missioneiros, era chamada também de Sant'Angel de la Guardia.
sexta-feira, 6 de março de 2009
O último dos Sete Povos das Missões: SANTO ÂNGELO CUSTÓDIO
Já em 1706, é fundado o povo de Santo Ângelo Custódio, num lugar que alguns denominam de forqueta, entre os rios Ijuí e Ijuízinho, hoje pertencente ao município de Entre-Ijuís.
Porém, no ano seguinte, a redução foi transferida para a margem direita do Rio Ijuí, localizado nas proximidades do arroio Itaquarinchim, no mesmo local onde se formou a cidade de Santo Ângelo.
A redução de Santo ângelo Custódio tinha a Igreja com a fronte voltada em direção ao Sul. Foi o último a ser fundado, o trigésimo povo missioneiro, desmembrado da redução de Conceição.
Atingiu um notável progresso, com alto grau de desenvolvimento sócio-econômico. Quando os povos missioneiros vivenciam a paz e a prosperidade advindo de uma sociedade com uma forte tendência cooperativista é assinado o desumano Tratado de Madrid que instala o verdadeiro terror nas Missões.
Através deste tratado ocorre a permuta da Colônia de Sacramento pelos Sete Povos das Missões, mandando os índios abandonaram suas terras e casas de todos os povos da margem esquerda do rio Uruguai.
Sepé Tiarajú, lider nato, dotado de um dom especial em relação ao uso das palavras, sábio e auspicioso, tornou-se alferes real do povo de São Miguel, resistiu às ordens das Coroas Européias, agregando forças com outros caciques, lideres dos povos vizinhos, num local próximo a Santa Tecla, declarou para a Comissão Demarcadora de Terras que se não fosse encerrada as atividades, daquele local em diante nenhum forasteiro passaria sem haver resistência e guerra.
Assim, o exército debanda para a Colônia de Sacramento, buscando reforços, unindo-se para efetivar um combate mortal contra os índios revoltosos das Missões. Formando um exército único entre portugueses e espanhóis.
Em um combate sangrento, em que o exército Missioneiro usa armas primitivas contra um arsenal poderoso, o Guerrreiro Sepé Tiarajú, manchou o solo sagrado de sua gente com seu sangue e morreu em 07 de Fevereiro. Muitos índios são dizimados, na Batalha de Caiboaté em 10 de Fevereiro, tendo como consequência trágica o fim dos Sete povos das Missões. O derradeiro fim também dos povos nativos que viviam por estas paragens, os únicos verdadeiros donos destas Terras.
Gomes Freire de Andrada ocupa São Miguel, e dá ordens para que os povos de Santo ângelo e São João se rendam, assim gradativamente ocorre o declínio dos Sete Povos.
No mesmo local da antiga redução, nasceu a cidade de Santo Ângelo, que foi reerguida por entre as ruínas, no sítio topográfico da velha redução.
As ruínas do antigo templo reducional foram demolidas e foi construída a segunda igreja em estilo arquitetônico colonial, em 1929.
Porém, no ano seguinte, a redução foi transferida para a margem direita do Rio Ijuí, localizado nas proximidades do arroio Itaquarinchim, no mesmo local onde se formou a cidade de Santo Ângelo.
A redução de Santo ângelo Custódio tinha a Igreja com a fronte voltada em direção ao Sul. Foi o último a ser fundado, o trigésimo povo missioneiro, desmembrado da redução de Conceição.
Atingiu um notável progresso, com alto grau de desenvolvimento sócio-econômico. Quando os povos missioneiros vivenciam a paz e a prosperidade advindo de uma sociedade com uma forte tendência cooperativista é assinado o desumano Tratado de Madrid que instala o verdadeiro terror nas Missões.
Através deste tratado ocorre a permuta da Colônia de Sacramento pelos Sete Povos das Missões, mandando os índios abandonaram suas terras e casas de todos os povos da margem esquerda do rio Uruguai.
Sepé Tiarajú, lider nato, dotado de um dom especial em relação ao uso das palavras, sábio e auspicioso, tornou-se alferes real do povo de São Miguel, resistiu às ordens das Coroas Européias, agregando forças com outros caciques, lideres dos povos vizinhos, num local próximo a Santa Tecla, declarou para a Comissão Demarcadora de Terras que se não fosse encerrada as atividades, daquele local em diante nenhum forasteiro passaria sem haver resistência e guerra.
Assim, o exército debanda para a Colônia de Sacramento, buscando reforços, unindo-se para efetivar um combate mortal contra os índios revoltosos das Missões. Formando um exército único entre portugueses e espanhóis.
Em um combate sangrento, em que o exército Missioneiro usa armas primitivas contra um arsenal poderoso, o Guerrreiro Sepé Tiarajú, manchou o solo sagrado de sua gente com seu sangue e morreu em 07 de Fevereiro. Muitos índios são dizimados, na Batalha de Caiboaté em 10 de Fevereiro, tendo como consequência trágica o fim dos Sete povos das Missões. O derradeiro fim também dos povos nativos que viviam por estas paragens, os únicos verdadeiros donos destas Terras.
Gomes Freire de Andrada ocupa São Miguel, e dá ordens para que os povos de Santo ângelo e São João se rendam, assim gradativamente ocorre o declínio dos Sete Povos.
No mesmo local da antiga redução, nasceu a cidade de Santo Ângelo, que foi reerguida por entre as ruínas, no sítio topográfico da velha redução.
As ruínas do antigo templo reducional foram demolidas e foi construída a segunda igreja em estilo arquitetônico colonial, em 1929.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
São Miguel das Missões como cenário de Uma MISSÃO, Dois DESTINOS
Valéria Couros ao retornar para a Capital gaúcha, reencontra Matheus após longos anos de separação, ambos nunca conseguiram deixar de sentir o mesmo amor que os uniu na adolescência. Ele a convida para passar alguns dias para descansar em seu hotel fazenda, uma propriedade antiga que pertencia aos avós paternos, e que foi transformado num confortável empreendimento, onde existe inclusive um luxuosíssimo SPA.
O local costuma ser frequentado por pessoas que buscam descanso, mas principalmente conhecer parte da História das Missões Jesuíticas. O hotel fica num local próximo às Ruínas de São Miguel Arcanjo, fica inclusive ligado a elas pelas trilhas de acesso.
Durante uma forte tempestade, movida também por um duro golpe de desilusão ela se perde no meio das paredes de pedras, atravessa um túnel de luz e vai parar num lugar totalmente desconhecido.
Finalmente encontra-se com seu mentor espiritual, o espirito de um velho índio que a guia numa viagem através do tempo e do espaço.
Ela consegue visualisar o esplendor e a majestade da redução em pleno apogeu e glória, conhece de perto a história de seus antepassados, e presencia detalhes da guerra que destruiu um povo, além de acompanhar a luta pela sobrevivência travada pelos índigenas que resistiram ao massacre.
Descobre ainda a ligação existente entre ela e todo o passado que viveram os valentes guaranis que viviam naquelas paragens em tempos gloriosos.
Mas a mais impressionante descoberta refere-se a história de amor vivida pelos seus avós...a revelação de ter que ajudar a unir seus destinos. Valéria finalmente descobre qual é a sua verdadeira MISSÃO.
O local costuma ser frequentado por pessoas que buscam descanso, mas principalmente conhecer parte da História das Missões Jesuíticas. O hotel fica num local próximo às Ruínas de São Miguel Arcanjo, fica inclusive ligado a elas pelas trilhas de acesso.
Durante uma forte tempestade, movida também por um duro golpe de desilusão ela se perde no meio das paredes de pedras, atravessa um túnel de luz e vai parar num lugar totalmente desconhecido.
Finalmente encontra-se com seu mentor espiritual, o espirito de um velho índio que a guia numa viagem através do tempo e do espaço.
Ela consegue visualisar o esplendor e a majestade da redução em pleno apogeu e glória, conhece de perto a história de seus antepassados, e presencia detalhes da guerra que destruiu um povo, além de acompanhar a luta pela sobrevivência travada pelos índigenas que resistiram ao massacre.
Descobre ainda a ligação existente entre ela e todo o passado que viveram os valentes guaranis que viviam naquelas paragens em tempos gloriosos.
Mas a mais impressionante descoberta refere-se a história de amor vivida pelos seus avós...a revelação de ter que ajudar a unir seus destinos. Valéria finalmente descobre qual é a sua verdadeira MISSÃO.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Ruínas de São Miguel: Patrimônio HIstórico e Cultural da Humanidade
Belíssimo Pórtico de acesso ao Munípio de São Miguel das Missões...como sentinelas intertes do passado, que continuam postados vigiando quem por ali passa...
A sensação em visualizar o contraste mágico é indescritível...o prateado do céu nublado e os campos cultivados de trigais dourados....entre São Miguel e a Esquina Ezequiel...no Caminho...
Pedra encontrada na pedreira já recortada a quase 300 anos atrás...é impressionante.
Paisagem campeira próxima ao município de São Miguel das Missões. Tive o privilégio de apreciá-la a cada minuto em que participei como peregrina, no Caminho das Missões.
Descendentes dos Guaranis que vivem na aldeia próxima às Ruínas: foi o que restou de um passado glorioso.
Fonte Missioneira: usada para abastecimento de água na redução, continua inundando o chão dos guerreiros de outrora.
Foto interna da Catedral, um dia de chuva, o primeiro que participei do Caminho das Missões.
Em São Miguel das Missões está o principal tesouro arqueológico e arquitetônico missioneiro do Brasil: as Ruínas de São Miguel Arcanjo, antiga capital dos Sete Povos das Missões (conjunto das reduções localizadas na margem leste do Rio Uruguai). Basicamente o que sobrou em pé foi a estrutura da igreja.
As imagens que nossa visão podem contemplar no horizonte que se estende, são fascinantes, devido à sua grandiosidade e beleza arquitetônica impressionantes.
É simplesmente o único Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade no Sul do Brasil, reconhecido em 1983, pela Unesco.
Lugar que representa para a atualidade, a íntegra do que foi a realização da Utopia do Cristianismo - A Busca da Terra sem Males.
Onde está localizado o maior e mais completo museu de imagens missioneiras. Quando a noite chega, podemos apreciar um belíssimo espetáculo, o Som e Luz, onde sob o efeitos de luzes e sons personagens nos contam os fatos, desde o nascimento, o desenvolvimento e o fim da civilização criada no Rio Grande do Sul, por Jesuítas e índios Guaranis.
O arquiteto da obra foi o padre Jesuíta Gean Baptista Primoli, que coordenou a execução da
obra iniciada em 1735. Os índios Guaranis, responsáveis pela mão-de-obra a construiram em pedra grês, cuja pedreira estava localizada a cerca de 20 quilômetros. O projeto de construção apresenta uma planta em cruz Latina, com três naves, separadas por arcadas de pedras, este corpo principal fazia um conjunto com o pórticoe a torre sineira, diferenciando-se de outras igrejas missioneiras.
Logo na entrada do município podemos visualizar um belíssimo pórtico de acesso a São Miguel das Missões, foi inaugurado em 2001.
A presença indígena no local não se resume apenas a um passado distante, pois hoje vivem cerca de 200 guaranis na região, em uma reserva criada a cerca de 30 km de São Miguel. No local onde vivem buscam meios para garantir sua sobrevivência física e cultural, através da caça e da manutenção de plantações tradicionais, preservando assim o meio ambiente. Mantém também outros hábitos e tradições típicas. Podemos constatar sua presença constante na cidade, pois vendem seus artesanatos dentro das ruínas.
A cidade é margeada por lindos campos e paisagens naturais.
A Fonte Missioneira faz parte do sítio arqueológico, era utilizada para abastecimentode água da redução e continua funcionando até hoje, é um outro atrativo do local e está apenas 1 km distante da Igreja.
São vestígios que não podem deixar de ser visitados por quem deseja realmente conhecer a fundo o passado histórico da região missioneira, onde estão as verdadeiras raízes dos costumes do Sul do Brasil.
As imagens que nossa visão podem contemplar no horizonte que se estende, são fascinantes, devido à sua grandiosidade e beleza arquitetônica impressionantes.
É simplesmente o único Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade no Sul do Brasil, reconhecido em 1983, pela Unesco.
Lugar que representa para a atualidade, a íntegra do que foi a realização da Utopia do Cristianismo - A Busca da Terra sem Males.
Onde está localizado o maior e mais completo museu de imagens missioneiras. Quando a noite chega, podemos apreciar um belíssimo espetáculo, o Som e Luz, onde sob o efeitos de luzes e sons personagens nos contam os fatos, desde o nascimento, o desenvolvimento e o fim da civilização criada no Rio Grande do Sul, por Jesuítas e índios Guaranis.
O arquiteto da obra foi o padre Jesuíta Gean Baptista Primoli, que coordenou a execução da
obra iniciada em 1735. Os índios Guaranis, responsáveis pela mão-de-obra a construiram em pedra grês, cuja pedreira estava localizada a cerca de 20 quilômetros. O projeto de construção apresenta uma planta em cruz Latina, com três naves, separadas por arcadas de pedras, este corpo principal fazia um conjunto com o pórticoe a torre sineira, diferenciando-se de outras igrejas missioneiras.
Logo na entrada do município podemos visualizar um belíssimo pórtico de acesso a São Miguel das Missões, foi inaugurado em 2001.
A presença indígena no local não se resume apenas a um passado distante, pois hoje vivem cerca de 200 guaranis na região, em uma reserva criada a cerca de 30 km de São Miguel. No local onde vivem buscam meios para garantir sua sobrevivência física e cultural, através da caça e da manutenção de plantações tradicionais, preservando assim o meio ambiente. Mantém também outros hábitos e tradições típicas. Podemos constatar sua presença constante na cidade, pois vendem seus artesanatos dentro das ruínas.
A cidade é margeada por lindos campos e paisagens naturais.
A Fonte Missioneira faz parte do sítio arqueológico, era utilizada para abastecimentode água da redução e continua funcionando até hoje, é um outro atrativo do local e está apenas 1 km distante da Igreja.
São vestígios que não podem deixar de ser visitados por quem deseja realmente conhecer a fundo o passado histórico da região missioneira, onde estão as verdadeiras raízes dos costumes do Sul do Brasil.
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